Artur Arede assistiu ao Café Concerto de Lavoisier e deixou-nos o seu testemunho










A música regressou ao Centro das Artes e do Espetáculo com os Lavoisier, na noite de 26 de outubro passado.

Artur Arêde, assistiu a este concerto e testemunha-o da seguinte forma:
"O nome, “Lavoisier”surge da dualidade inerente à célebre frase de Antoine Lavoisier:
"Na natureza nada se perde, nada se cria tudo se transforma."
Roberto Afonso e Patrícia Relvas são naturais de Odivelas, onde se conheceram. Viria a ser contudo em Berlim, em busca de uma identidade própria, numa espécie de terapia, perante a crise de identidade que sentiam no panorama musical Português, que o projecto acabaria por nascer. Começaram pela música brasileira, e as influências notam-se e vão de J.Gil, Caetano Veloso, Elis Regina, Simone, Chico Buarque, entre outros vários.
Na excelente actuação dos “Lavoisier” no café concerto do CAE de Sever do Vouga desta sexta-feira, inserido na temática” Outonalidades, circuito Português de música ao vivo”, a dupla, Patrícia Relvas, voz e Roberto Afonso na guitarra eléctrica, apresentaram vários trabalhos originais, baseado em temas do cancioneiro português numa mescla de melodia e poesia muito bem conseguida, que agradou ao público presente. Ritmos e batidas bem “sincopadas” onde se notam influências do tropicalismo, do modernismo antropofágico brasileiros e pelas recolhas de Giacometti, donde sobressai uma nova abordagem à música tradicional portuguesa. Histórias contadas através da música que interpretam, em actos e expressões de Patrícia Relvas, entre a leveza comunicativa das mãos, contrastando com o ímpeto comunicativo corporal. Embora se sinta uma certa “despreocupação na forma” das interpretações, percebe-se a “preocupação” na abordagem dos temas, e a seriedade da construção musical. Um estilo que se começa por “desconfiar” e “pouco a pouco” vamos aderindo, quando damos conta, estamos “envolvidos”! ".

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